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A Mar

by J. Wahl

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1.
Brisa 01:35
Parece que é Janeiro. As folhas caíram, cresceram, O sol levantou-se, deitou-se e mesmo assim parece que nunca deixou de nevar. Se calhar porque estive sempre nesta manta, cómoda e quente. Bebendo a água aromatizada pelas folhas das árvores, Água que curiosamente contém uma certa salidade sem ser propriamente salgada. Inspiro, sinto o ar a fazer-me cócegas nas narinas, O ar a invadir o meu corpo, fraco Magro, e torno-me tu, em todo o seu conceito de imensidão, Em toda a sua, tua, volatilidade. Bela volatilidade. Torno-me eu, torno-me nós, eles, Torno-me tudo, abrangente, Omniexistente. Sou o existir. Sou o vácuo. Vivo, salto, caio, morro, renasço, corrijo, Engano-me, magoo, sofro, morro. Sinto-me débil. Sou débil. Sorrio.
2.
Onda 03:31
3.
Baile 02:22
Bailo em direcção à chuva, sorrio, salto, sinto-me frio, vivo, sou eu, olho para o céu não é o céu é uma colecção de tintas espalhadas pelas tuas costas belas esguias Surgem melodias à minha volta, bailam comigo estou à solta, os meus cabelos eles parecem os teus cabelos eles flutuam no vento, nas ondas do vento, nas ondas do mar, nas ondas das águas, dos olhos das mágoas e dos sorrisos, Surgem melodias à minha volta, bailam comigo estou à solta, os meus cabelos eles parecem os teus cabelos eles flutuam no vento, nas ondas do vento, nas ondas do mar, nas ondas das águas, dos olhos das mágoas e dos sorrisos, eles perdem-se, prendem-se na minha boca e com a minha boca e a minha voz rouca eu digo-te: "Bom dia".
4.
Lembro-me de quando subiste até à mais longínqua estrela para a tirar de lá. Ou porque lhe demos mais importância do que a ti, ou porque nos a quiseste dar. E quando te trouxemos à praia, ou quando te atirámos à água O teu pelo ficou cinzento da areia, sol e sal e os teus bigodes dançaram à brisa do mar. Esboçaste um sorriso, pelo menos pareceu-me. Naquele dia que pegámos no carro e fomos passear, os 3, pela costa. Saímos aos primeiros raios de sol e quando deram os últimos já não estavas. Não sei se fugiste quando paramos para dar um mergulho, se não chegaste a entrar no carro, ou se nem sequer estavas lá. Lá sai da sua janela, do seu pouso repouso o pescoço nas costas da cadeira e as costas na varanda. Os pés ficam de fora, os seus sempre em movimento, lento, constante. Olhos dourados que brilham na noite passam-me à frente dos olhos, as costas minhas fazes delas tuas fazes do nosso, nosso e dos pensamentos, momentos lentos, nossos. Tu sombra, a que me separa o corpo da mente e lentamente serves o teu destino e ainda, resides no meu. Um gato preto chamado Morte.
5.
Remanso 04:24

credits

released December 11, 2020

Todas as letras e músicas por Jonas Wahl na guitarra e na voz
Miguel Garcia na bateria

Captado por Guilherme Sousa, João Amorim e Miguel Lança
Produzido e misturado por Guilherme Sousa
Masterizado por André Marques e Guilherme Sousa

Design Gráfico por Sónia Margarido

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J. Wahl Setubal, Portugal

Poeta-pensador a aprender a transmitir p'ra guitarra.

Inspirado em gente, em lugares e no mar, no amor ao mar ou a mar, como se diz na Galiza.

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